"Eu vou te dar a decisão
Botei na balança
E você não pesou
Botei na peneira
E você não passou
Mora na filosofia
Pra que rimar amor e dor
Se seu corpo ficasse marcado
Por lábios ou mãos carinhosas
Eu saberia, ora vai mulher,
A quantos você pertencia
Não vou me preocupar em ver
Seu caso não é de ver pra crer
Ta na cara"
( Caetano Veloso)
Ficou pra trás...
A dor é minha, em mim doeu
A culpa é sua, o samba é meu
se fudeu.
sábado, 25 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Confessionario
Pouco adiantou acender cigarros, falar palavrão, perder a razão
Eu quis ser eu mesmo, eu quis ser alguém, mas sou como os outros, que não são ninguém;
Acho que eu fico mesmo diferente quando falo tudo o que penso realmente
Mostro a todo mundo que eu não sei quem sou, e uso as palavras de um perdedor....
As brigas que ganhei, nenhum troféu como lembrança, pra casa eu levei.
As brigas que perdi, essas sim, eu nunca esqueci!
Eu quis ser eu mesmo, eu quis ser alguém, mas sou como os outros, que não são ninguém;
Acho que eu fico mesmo diferente quando falo tudo o que penso realmente
Mostro a todo mundo que eu não sei quem sou, e uso as palavras de um perdedor....
As brigas que ganhei, nenhum troféu como lembrança, pra casa eu levei.
As brigas que perdi, essas sim, eu nunca esqueci!
um Estado de espírito
"...uma justiça prévia que se lembrasse de que nossa grande luta é a do medo. Sobretudo uma justiça que se olhasse a si própria, e que visse que nós todos, lama viva, somos escuros, e por isso nem mesmo a maldade de um homem pode ser entregue à maldade de outro homem: para que este não possa cometer livre e aprovadamente um crime de fuzilamento. Uma justiça que não se esqueça de que nós todos somos perigosos, e que na hora em que o justiceiro mata, ele não está mais nos protegendo nem querendo eliminar um criminoso, ele está cometendo o seu crime particular, um longamente guardado. Na hora de matar um criminoso - nesse instante está sendo morto também, um inocente."
( Clarice Lispector- Mineirinho )
( Clarice Lispector- Mineirinho )
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
tua juba!
"Ao abdicarmos do elemento mais vital do amor - a dignidade pessoal -, perdemos o comando do próprio mundo afetuoso. Aliás, quando não somos fiéis a nós mesmos, o relacionamento afetivo, em vez de nos fortalecer, fragiliza (...) Ficam com a intimidade estilhaçada, não moram mais em si mesmos." - Hammed
terça-feira, 21 de setembro de 2010
OUVIDOS À POSTOS
E NÃO PEÇA QUE EU TE GUIE, NÃO PEÇA!
DESPEÇA QUE EU TE GUIE
DESGUIE, QUE EU TE PEÇA
PROMESSA QUE EU TE FIE...
ME DEIXE
ME ESQUEÇA
ME LARGUE
ME DESAMARGUE QUE NO FIM EU ACERTO
QUE NO FIM EU REVERTO
QUE NO FIM EU CONSERTO E PARA O FIM ME RESERVO
E SE VERÁ QUE ESTOU CERTO E SE VERÁ QUE TEM JEITO
E SE VERÁ QUE ESTÁ FEITO QUE PELO TORTO FIZ DIREITO
QUE QUEM FAZ CESTO FAZ CENTO
SE NÃO GUIO, NÃO LAMENTO
POIS O MESTRE QUE ME ENSINOU A NÃO DAR ENSINAMENTO!
Cuide da sua vida, não deixe parecer com a minha.
Eu fiz silêncio demais.
Poeira vermelha!
DESPEÇA QUE EU TE GUIE
DESGUIE, QUE EU TE PEÇA
PROMESSA QUE EU TE FIE...
ME DEIXE
ME ESQUEÇA
ME LARGUE
ME DESAMARGUE QUE NO FIM EU ACERTO
QUE NO FIM EU REVERTO
QUE NO FIM EU CONSERTO E PARA O FIM ME RESERVO
E SE VERÁ QUE ESTOU CERTO E SE VERÁ QUE TEM JEITO
E SE VERÁ QUE ESTÁ FEITO QUE PELO TORTO FIZ DIREITO
QUE QUEM FAZ CESTO FAZ CENTO
SE NÃO GUIO, NÃO LAMENTO
POIS O MESTRE QUE ME ENSINOU A NÃO DAR ENSINAMENTO!
Cuide da sua vida, não deixe parecer com a minha.
Eu fiz silêncio demais.
Poeira vermelha!
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
paper bag
Eu irei sorrir para ela só para te atingir
E trata-la bem para ter o seu desconforto
E me injuriar com cada recomeço deste falecido sentimento
E me embriagar em raiva pra ver se te esqueço
Te atingir em cada ponto fraco que eu conheço.
Espera só pra ver.
E trata-la bem para ter o seu desconforto
E me injuriar com cada recomeço deste falecido sentimento
E me embriagar em raiva pra ver se te esqueço
Te atingir em cada ponto fraco que eu conheço.
Espera só pra ver.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
terça-feira, 17 de agosto de 2010
sábado, 14 de agosto de 2010
O suícida
"Se o mundo é falso e não é real. então, tudo é possível.
A caminho de descobrir o que amamos, achamos o que bloqueia nosso desejo.
O conforto jamais será confortável.
Um questionamento sistemático da felicidade.
Corte as cordas vocais dos oradores carismáticos e desvalorize a moeda, só para confrontar o familiar.
A sociedade é uma fraude! Tamanha e venal que exige ser destruída sem deixar rastros. Interrompa a experiência cotidiana e as expectativas que ela traz.
Viva como se tudo dependesse de suas ações.
Rompa o feitiço da sociedade de consumo para que nossos desejos reprimidos possam se manifestar.
Demonstre o que a vida é e o que ela poderia ser,para emergimos no esquecimento dos atos.
Haverá uma intensidade inédita: A troca de amor e ódio, horror e rendenção.
A afirmação tão inconsequente da liberdade , que nega o limite."
A caminho de descobrir o que amamos, achamos o que bloqueia nosso desejo.
O conforto jamais será confortável.
Um questionamento sistemático da felicidade.
Corte as cordas vocais dos oradores carismáticos e desvalorize a moeda, só para confrontar o familiar.
A sociedade é uma fraude! Tamanha e venal que exige ser destruída sem deixar rastros. Interrompa a experiência cotidiana e as expectativas que ela traz.
Viva como se tudo dependesse de suas ações.
Rompa o feitiço da sociedade de consumo para que nossos desejos reprimidos possam se manifestar.
Demonstre o que a vida é e o que ela poderia ser,para emergimos no esquecimento dos atos.
Haverá uma intensidade inédita: A troca de amor e ódio, horror e rendenção.
A afirmação tão inconsequente da liberdade , que nega o limite."
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Viva la Revolution!
Quer saber qual é o milagre e o mistério de um escorpião?
Tudo é regenerado e renovado...
traduzindo, significa cair em meio à um buraco de rato, feito labirinto.
Tudo é regenerado e renovado...
traduzindo, significa cair em meio à um buraco de rato, feito labirinto.
sábado, 31 de julho de 2010
do muito e do pouco
eu penso mais do que falo.
eu sinto mais do que falo.
eu ouço mais do que falo.
e olha que eu falo pelos cotovelos...
mas penso, sinto
e ouço pelo corpo inteiro.
eu faço tempestades em copo d’água,
depois bebo.
costumo chover, trovejar...
mas quase sempre sou só.
e quase sempre no tom sol.
escuto bem no escuro.
enxergo bem no silêncio.
é perceber...
perceber, decodificar
e me assimilar.
sobre mim?
esqueci!
de tanto lembrar...
eu sinto mais do que falo.
eu ouço mais do que falo.
e olha que eu falo pelos cotovelos...
mas penso, sinto
e ouço pelo corpo inteiro.
eu faço tempestades em copo d’água,
depois bebo.
costumo chover, trovejar...
mas quase sempre sou só.
e quase sempre no tom sol.
escuto bem no escuro.
enxergo bem no silêncio.
é perceber...
perceber, decodificar
e me assimilar.
sobre mim?
esqueci!
de tanto lembrar...
terça-feira, 27 de julho de 2010
Ding-Donmg
Eis que toca o telefone...
" Oi...me diz, porque você é tão triste assim?"
...
...
Eco, eco, eco.
Desliguei.
Oras pois, aviso aos desavisados de plantão...
Não é que eu seja triste, assim, entende?
Eu cristalizo.
Cristalizo minhas tristezas em palavras para que elas não calcifiquem dentro de mim. Ou agora você vai me dizer que não sente dor?
TODO MUNDO TÊM AQUELA DOR EXISTENCIAL...
E também o medo, aquele que nos impede de dizer que somos sim, fracos, que temos medo, que fraquejamos, que há sempre aquele dia em que queremos morrer.
E quem nunca pensou em se matar?
Hein!!??? O.o
Há sempre o desconforto das verdades sinceras jogadas à roda viva da Vida...
Eu não sou assim tão triste, meu bem.
Mas eu penso demais. Penso e escreve e confesso...bebo whisky demais, o que me deixa um tanto quanto, sentimental.
Mas já me acostumei a me afogar em sentimetos. Para minha alma, isso tudo é vida.
Tanto seja alegria. Tanto seja tristeza. É vida.
E eu vivo. Vivo porque o instante existe.
E não se preocupe. Da minha tristeza, muitas vezes sem por que, eu faço arte.
Eu não te contei que meus nervos são de aço? E que fácil eu não em abalo? Apenas escrevo. E canto. E danço. E pinto. E danço. Por que é o que me faz. Você sabe. Já viu. Tantas vezes...
É isso...
Não sou assim...triste. Eu juro.
Juro que estou sorrindo, sinceramente.
Acontece que minha alegria, eu divido. TIM-TIM! entende?
E minha tristeza, eu não nego. Aceito. E cristalizo. Em palavras.
Por que é a única maneira que encontro de não a espalhar a tontas por ai.
Você sabe.
Então porque insistes tanto?
Hein? O.o
Por mais que água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
Meu cansaço, é como riacho...
um dia encontro um mar em que me acho.
Besos, mi amor!
" Boa noite amor
Meu grande amor
Contigo sonharei
E a minha dor esquecerei
Se eu souber que o sonho teu
Foi o mesmo sonho meu
Boa noite, amor
E sonhe enfim
Pensando sempre em mim
Na carícia de um beijo
Que ficou no desejo
Boa noite, meu grande amor." ( Elis Regina)
" Oi...me diz, porque você é tão triste assim?"
...
...
Eco, eco, eco.
Desliguei.
Oras pois, aviso aos desavisados de plantão...
Não é que eu seja triste, assim, entende?
Eu cristalizo.
Cristalizo minhas tristezas em palavras para que elas não calcifiquem dentro de mim. Ou agora você vai me dizer que não sente dor?
TODO MUNDO TÊM AQUELA DOR EXISTENCIAL...
E também o medo, aquele que nos impede de dizer que somos sim, fracos, que temos medo, que fraquejamos, que há sempre aquele dia em que queremos morrer.
E quem nunca pensou em se matar?
Hein!!??? O.o
Há sempre o desconforto das verdades sinceras jogadas à roda viva da Vida...
Eu não sou assim tão triste, meu bem.
Mas eu penso demais. Penso e escreve e confesso...bebo whisky demais, o que me deixa um tanto quanto, sentimental.
Mas já me acostumei a me afogar em sentimetos. Para minha alma, isso tudo é vida.
Tanto seja alegria. Tanto seja tristeza. É vida.
E eu vivo. Vivo porque o instante existe.
E não se preocupe. Da minha tristeza, muitas vezes sem por que, eu faço arte.
Eu não te contei que meus nervos são de aço? E que fácil eu não em abalo? Apenas escrevo. E canto. E danço. E pinto. E danço. Por que é o que me faz. Você sabe. Já viu. Tantas vezes...
É isso...
Não sou assim...triste. Eu juro.
Juro que estou sorrindo, sinceramente.
Acontece que minha alegria, eu divido. TIM-TIM! entende?
E minha tristeza, eu não nego. Aceito. E cristalizo. Em palavras.
Por que é a única maneira que encontro de não a espalhar a tontas por ai.
Você sabe.
Então porque insistes tanto?
Hein? O.o
Por mais que água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
Meu cansaço, é como riacho...
um dia encontro um mar em que me acho.
Besos, mi amor!
" Boa noite amor
Meu grande amor
Contigo sonharei
E a minha dor esquecerei
Se eu souber que o sonho teu
Foi o mesmo sonho meu
Boa noite, amor
E sonhe enfim
Pensando sempre em mim
Na carícia de um beijo
Que ficou no desejo
Boa noite, meu grande amor." ( Elis Regina)
domingo, 25 de julho de 2010
Eu me alimento de silêncio e canto
É mesmo...
já que quem tem um sonho não dança...
Bete,
Balança!
meu amor...
www.purevolume.com/tuanerodrigues
já que quem tem um sonho não dança...
Bete,
Balança!
meu amor...
www.purevolume.com/tuanerodrigues
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Sobre o amor e seu trabalho silencioso
A guerra é comigo mesmo
O convívio é comigo mesmo
O remorso, a culpa, o desgosto é para mim mesmo
Mas o mérito é todo meu!
O convívio é comigo mesmo
O remorso, a culpa, o desgosto é para mim mesmo
Mas o mérito é todo meu!
quarta-feira, 14 de julho de 2010
" Você tem medo da mudança? " ( Marcela Pimentel)
Há pequenos fragmentos no tempo da vida onde ocorre o big bang do Universo no ser
O tempo,o vento, o efêmero...
O leito, a morte, as vozes...
Viver...
Deixando-se morrer e renascer pelo inferno e céu de cada dia
Onde o instante...
Eu medro. Medro porque sou humana, sou cigana, fulana, ciclana.
Todas elas eu sou.
O avesso, o começo...
São tantas as reviras e voltas que a vida dá.
São tantos os tropeços que eu dou...
Há pequenos fragmentos no tempo da vida onde ocorre o big bang do Universo no ser
O tempo,o vento, o efêmero...
O leito, a morte, as vozes...
Viver...
Deixando-se morrer e renascer pelo inferno e céu de cada dia
Onde o instante...
Eu medro. Medro porque sou humana, sou cigana, fulana, ciclana.
Todas elas eu sou.
O avesso, o começo...
São tantas as reviras e voltas que a vida dá.
São tantos os tropeços que eu dou...
SUB
Sub stância
Sub desenvolvimento
Sub consciente
Sub terrâneo
Sub tração
Sub solo
Sub strato
Sub stantivo
Sub ordinado do
pretérito
perfeito da
imperfeição
Sub desenvolvimento
Sub consciente
Sub terrâneo
Sub tração
Sub solo
Sub strato
Sub stantivo
Sub ordinado do
pretérito
perfeito da
imperfeição
sábado, 10 de julho de 2010
sábado, 5 de junho de 2010
Traduzir-se...Descubrir-se....Revelarmo-NUS
quinta-feira, 3 de junho de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Mestre gato
"Gato: se você quer saber...ele foi por ali...
Alice: ele quem?
Gato: o coelho branco...
Alice: foi?
Gato: foi o que?
Alice: por ali?
Gato: quem foi?
Alice: o coelho branco
Gato: que coelho?
Alice: o coelho branco, mas nao me disse que... que coisa!
Gato: se eu procura-se o coelho branco, iria ao Chapeleiro maluco
Alice: nãooo, não quero
Gato: ou então a lebre! naquela direção...
Alice:oh, obrigada!
Gato: ela também é maluca
Alice: mas eu não quero ver gente maluca
Gato: ohhh, não pode evitar tudo aqui é maluco hahahaha
você não notou que eu estou mais lá do que aqui?"
O.o
então...é um tanto quanto um pouco mais....
http://vupit.blogspot.com/2009/11/alice-no-pais-das-ilusoes.html
Alice: ele quem?
Gato: o coelho branco...
Alice: foi?
Gato: foi o que?
Alice: por ali?
Gato: quem foi?
Alice: o coelho branco
Gato: que coelho?
Alice: o coelho branco, mas nao me disse que... que coisa!
Gato: se eu procura-se o coelho branco, iria ao Chapeleiro maluco
Alice: nãooo, não quero
Gato: ou então a lebre! naquela direção...
Alice:oh, obrigada!
Gato: ela também é maluca
Alice: mas eu não quero ver gente maluca
Gato: ohhh, não pode evitar tudo aqui é maluco hahahaha
você não notou que eu estou mais lá do que aqui?"
O.o
então...é um tanto quanto um pouco mais....
http://vupit.blogspot.com/2009/11/alice-no-pais-das-ilusoes.html
sexta-feira, 2 de abril de 2010
sábado, 20 de fevereiro de 2010
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Coffe House Blues
A certeza da dor é inevitável, mas nem por isso a borboleta deixa de sair de seu casulo;
A esperança da liberdade frente à um mundo tão grande deve servir-lhe de consolo...
Ou talvez ela não saiba nem de um, nem de outro e cumpre seu ofício por instinto.
E esse talvez seja o problema...
meus instintos já estão corrompidos pelo pensamento.
Acho que podaram tanto minhas folhas que a seiva não tem por onde circular...
De certo modo, alguma raiz foi arrancada
Não entendo nada além daquilo que enuncio...
Não expresso nada
Eu não me entendo com as palavras
Vivo à sombra de coisas das quais nem acredito
Não acredito em nada
Só sei que vivo porque meu pensamento não deixa-me esquecer este fato
e ainda assim, duvido.
Duvido da existência, da realidade e de tudo o mais que é concreto, e de tudo o mais que é abstrato.
Só sei, no momento, que esta minha vontade esquisita e até um tanto intrínseca de ser o vento, tá me dando uma baita dor de cabeça...
A esperança da liberdade frente à um mundo tão grande deve servir-lhe de consolo...
Ou talvez ela não saiba nem de um, nem de outro e cumpre seu ofício por instinto.
E esse talvez seja o problema...
meus instintos já estão corrompidos pelo pensamento.
Acho que podaram tanto minhas folhas que a seiva não tem por onde circular...
De certo modo, alguma raiz foi arrancada
Não entendo nada além daquilo que enuncio...
Não expresso nada
Eu não me entendo com as palavras
Vivo à sombra de coisas das quais nem acredito
Não acredito em nada
Só sei que vivo porque meu pensamento não deixa-me esquecer este fato
e ainda assim, duvido.
Duvido da existência, da realidade e de tudo o mais que é concreto, e de tudo o mais que é abstrato.
Só sei, no momento, que esta minha vontade esquisita e até um tanto intrínseca de ser o vento, tá me dando uma baita dor de cabeça...
ladeira da preguiça
Cai a vida pelo céu,
escorre pelo chão...
E tudo, ainda assim, é vão.
Da tempestade, respinga em mim seus fragmentos; isso comprova, mesmo que eu não queira, que estou viva.
De certa forma, obrigo-me à escrever. Obrigo-me à processar tudo o que se passa aqui dentro.
Cansei-me das palavras e dos discursos quando dei por mim que estes não me são suficiente para elucidar o que desejo,
ou talvez seja esse meu lado esquerdo que não está elaborado.
O fato é: cansei!
Na vida, a única certeza são os elos,os laços, os vínculos.
Não se vive feliz sozinho, por mais que se queira, ou por mais que se engane que queira...
As palavras, em si, não fazem sentido, mas vivemos nesta busca desenfreada por
SENTIDO
sem ter ido
sentir o vivo
sobrevivo,sem sentido mesmo,
muitas vezes nem sentindo...
Cansei também de lamentar minhas angústias, parece-me que meu disco riscou e engasgou.
Não sei se meu silêncio se instalou por algum fato da vida, ou se já veio intrínseco à mim
Não quero a beleza da prosa,
quero apenas por pra fora essas muitas coisas que vivem a me cutucar...
Recorro às minhas lembranças, mas estão todas tão apagadas, tão embaralhadas, tão encobertas pelo véu do medo ou da negligência ou da preguiça mesmo, que não identifico em que ponto de minha trajetória fiquei assim: INTRAGÁVEL!
Só me resta acender mais um cigarro e parar de pensar besteiras...
escorre pelo chão...
E tudo, ainda assim, é vão.
Da tempestade, respinga em mim seus fragmentos; isso comprova, mesmo que eu não queira, que estou viva.
De certa forma, obrigo-me à escrever. Obrigo-me à processar tudo o que se passa aqui dentro.
Cansei-me das palavras e dos discursos quando dei por mim que estes não me são suficiente para elucidar o que desejo,
ou talvez seja esse meu lado esquerdo que não está elaborado.
O fato é: cansei!
Na vida, a única certeza são os elos,os laços, os vínculos.
Não se vive feliz sozinho, por mais que se queira, ou por mais que se engane que queira...
As palavras, em si, não fazem sentido, mas vivemos nesta busca desenfreada por
SENTIDO
sem ter ido
sentir o vivo
sobrevivo,sem sentido mesmo,
muitas vezes nem sentindo...
Cansei também de lamentar minhas angústias, parece-me que meu disco riscou e engasgou.
Não sei se meu silêncio se instalou por algum fato da vida, ou se já veio intrínseco à mim
Não quero a beleza da prosa,
quero apenas por pra fora essas muitas coisas que vivem a me cutucar...
Recorro às minhas lembranças, mas estão todas tão apagadas, tão embaralhadas, tão encobertas pelo véu do medo ou da negligência ou da preguiça mesmo, que não identifico em que ponto de minha trajetória fiquei assim: INTRAGÁVEL!
Só me resta acender mais um cigarro e parar de pensar besteiras...
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Castelo de areia
"Um rei mal coroado,
Não queria
O amor em seu reinado
Pois sabia
Não ia ser amado
Amor não chora, eu volto um dia
O rei velho e cansado já morria
Perdido em seu reinado
Sem Maria"
(Canção de Despedida-Geraldo Azevedo)
O Rei em seu castelo de mil pedras
reinava sem delongas
ganhava todo o palco
comandava todos os passos
Mentia suas verdades
cobria toda sujeira
roubava sem lua cheia
Nunca ninguém questionou
tamanha corrupção
Nunca ninguém supeitou
tamanha abnegação
Mantinha todo o discurso
Segurava bem a pose
e a posse...
Envolvia à todos com gana
Amarrava à todos com grana
Armava seu jogo bem sujo
Amarrava seu próprio pescoço
Quis fazer-se belo cordeiro
e por dentro abrigava um lobo
Tão feroz quanto um bicho judiado...
Mas o rei,como eu lhes dizia
impunha verdades sem devaneios
julgava saber bem mais que podia
subia no trono, gritava mais alto
fazia um palco,
mas coitado....
Era artista frustado
autista curado
militar fardado
juiz ministrado pelo alto supremo de seu Ego Oficial
de justiça, da própria,
sem lógica...
E o rei,meus amigos
tinha seus vícios...
Bebia seu vinho
tão tinto,tão tonto, tão sonso...
Cismado, acuado, amedrontado...
O rei,pobre dele...
criança infeliz
nariz de sarafiz
não aprendeu a brincar, não aprendeu a sorrir...
Martelaram sua mente para que fosse mais...
E hoje, eu enxergo
a ilusão criada,a figura forjada
o herói construído sob cacos de vidro.
Percebo então, a inocência
Desvendo pois, a carência
Abri mais uma porta da desilusão.Despenquei mais uma vez de meus degraus de sonhos.
Sangrei mais uma vez a dor do parto.
E parto-me, desfaço-me mais uma vez...
Desvendo,por fim, uma entrave familiar...
Não sem dor no peito,não sem pedir mais uma gelo para o coração...
No fim das contas, eu sei que gelo queima, e que de uma faísca pode-se fazer fogueiras...
Como 2+2=4, eu paro por aqui.
É mais uma luz que se apaga
É mais uma verdade que se acende...
Que novos caminhos se abram, abrão...
Não queria
O amor em seu reinado
Pois sabia
Não ia ser amado
Amor não chora, eu volto um dia
O rei velho e cansado já morria
Perdido em seu reinado
Sem Maria"
(Canção de Despedida-Geraldo Azevedo)
O Rei em seu castelo de mil pedras
reinava sem delongas
ganhava todo o palco
comandava todos os passos
Mentia suas verdades
cobria toda sujeira
roubava sem lua cheia
Nunca ninguém questionou
tamanha corrupção
Nunca ninguém supeitou
tamanha abnegação
Mantinha todo o discurso
Segurava bem a pose
e a posse...
Envolvia à todos com gana
Amarrava à todos com grana
Armava seu jogo bem sujo
Amarrava seu próprio pescoço
Quis fazer-se belo cordeiro
e por dentro abrigava um lobo
Tão feroz quanto um bicho judiado...
Mas o rei,como eu lhes dizia
impunha verdades sem devaneios
julgava saber bem mais que podia
subia no trono, gritava mais alto
fazia um palco,
mas coitado....
Era artista frustado
autista curado
militar fardado
juiz ministrado pelo alto supremo de seu Ego Oficial
de justiça, da própria,
sem lógica...
E o rei,meus amigos
tinha seus vícios...
Bebia seu vinho
tão tinto,tão tonto, tão sonso...
Cismado, acuado, amedrontado...
O rei,pobre dele...
criança infeliz
nariz de sarafiz
não aprendeu a brincar, não aprendeu a sorrir...
Martelaram sua mente para que fosse mais...
E hoje, eu enxergo
a ilusão criada,a figura forjada
o herói construído sob cacos de vidro.
Percebo então, a inocência
Desvendo pois, a carência
Abri mais uma porta da desilusão.Despenquei mais uma vez de meus degraus de sonhos.
Sangrei mais uma vez a dor do parto.
E parto-me, desfaço-me mais uma vez...
Desvendo,por fim, uma entrave familiar...
Não sem dor no peito,não sem pedir mais uma gelo para o coração...
No fim das contas, eu sei que gelo queima, e que de uma faísca pode-se fazer fogueiras...
Como 2+2=4, eu paro por aqui.
É mais uma luz que se apaga
É mais uma verdade que se acende...
Que novos caminhos se abram, abrão...
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
...
"O olho do observador interfere no objeto observado. Só um fantasma se embrulha no seu passado, explicando a si próprio com autodefinições baseadas numa vida já vivida. Você é aquilo que escolhe ser hoje, não o que escolheu antes."
Eu mudo. Mudo quando acho que devo mudar. Mudo quando ser o que sou me cansa. Mudo sem perceber. Mudo sem ver. Mudo sem mesmo sentir. Quando me percebo já sou. O mesmo,o para sempre, é uma pena que ninguém deve pagar.
Mude.
Sem medo.
Sugue a impossibilidade.
O importante é isso: Estar pronto para, a qualquer momento, sacrificar o que somos pelo que poderíamos vir a ser.
Estranha-se...
e por fim, como que tomado por serenidade;
entranha-se!
Eu mudo. Mudo quando acho que devo mudar. Mudo quando ser o que sou me cansa. Mudo sem perceber. Mudo sem ver. Mudo sem mesmo sentir. Quando me percebo já sou. O mesmo,o para sempre, é uma pena que ninguém deve pagar.
Mude.
Sem medo.
Sugue a impossibilidade.
O importante é isso: Estar pronto para, a qualquer momento, sacrificar o que somos pelo que poderíamos vir a ser.
Estranha-se...
e por fim, como que tomado por serenidade;
entranha-se!
sábado, 30 de janeiro de 2010
Ilha Solteira
O vento e a árvore falavam comigo a sua linguagem muda...
Eu entendia.
Entendia porque naquele momento o pensamento era o sentir. E eu sentia.
Sentia o elo invísivel e comungava com ele. Me permitia.
E todas as cores se faziam vida; e tudo o que se fazia segredo revelava-se enfim.
Os medos, os sonhos, a vida...
A redundância do nome explícita o valor da solidão e a supremacia da união.
Há também beleza e brilho no escuro
Há também desgraça e escuridão no sol
E nem por isso, tanto um, nem outro deixam de cumprir seus ofícios
O interior se externalizava então sem as garras do pudor, sem as grades do padrão e sem o vão do amanhã
E tudo era belo, até mesmo a ausência; até mesmo a perda...
E tudo intenso, todos os elementos unidos por uma só linha, a da minha vida.
O vento, o fogo, a água e a terra
O vento me guiando;
o fogo me iluminando;
a água me purificando;
a terra me segurando...
Eu abraçava tudo; e era amor, era a existência transbordando energia. Era magia.
Era a imensidão do som...
Que novos caminhos se abrão, Abraão!
Eu entendia.
Entendia porque naquele momento o pensamento era o sentir. E eu sentia.
Sentia o elo invísivel e comungava com ele. Me permitia.
E todas as cores se faziam vida; e tudo o que se fazia segredo revelava-se enfim.
Os medos, os sonhos, a vida...
A redundância do nome explícita o valor da solidão e a supremacia da união.
Há também beleza e brilho no escuro
Há também desgraça e escuridão no sol
E nem por isso, tanto um, nem outro deixam de cumprir seus ofícios
O interior se externalizava então sem as garras do pudor, sem as grades do padrão e sem o vão do amanhã
E tudo era belo, até mesmo a ausência; até mesmo a perda...
E tudo intenso, todos os elementos unidos por uma só linha, a da minha vida.
O vento, o fogo, a água e a terra
O vento me guiando;
o fogo me iluminando;
a água me purificando;
a terra me segurando...
Eu abraçava tudo; e era amor, era a existência transbordando energia. Era magia.
Era a imensidão do som...
Que novos caminhos se abrão, Abraão!
sábado, 23 de janeiro de 2010
Pelas apostilas nossa de cada dia....
"Quem descerrar a cortina
Da vida da bailarina
Há de ver cheio de horror
Que no fundo do seu peito
Abriga um sonho desfeito
Ou a desgraça de um amor
Os que compram o desejo
Pagando amor a varejo
Vão falando sem saber
Que ela é forçada a enganar
Não vivendo pra dançar
Mas dançando pra viver"
(Américo Seixas, Dorival Silva)
Vida de Bailarina- Elis Regina
Dança, canta, declama, pequena grande!
Põe teu nariz de palhaço e enfrenta o mundo que nos faz de paiaços...Enfrenta! Que o mundo é grande e pequeno.
Pequeno para seus medos, grande para seus sonhos! E há de cabê-los no mundo.
No mundo cabe tanta coisa! Até eu e você, que achavámos que nunca caberíamos.
Nós, que achavámos tanta, tanta coisa vã....
Não se ocupe de pequenas coisas; pois teus propósitos são maiores, tua luz é mais forte e teu potencial ilimitado...
Vai, pequena grande, que o mundo anseia por te ouvir.
Há tantas trevas no mundo... E eu sei, sei que teus talentos podem devolver ouvidos, olhos e sentidos para nós.
Sei o quanto você sabe de mim, da vida, da nossa gente sofrida, da nossa gente querida.
Mas saberás tu, de ti?
Sabes o brilho que emana de tua alma?
Sabes o acalento que transcende tua voz?
Sabes a força que seguras no punho?
Sabes do mundo que carrega nos ombros?
Não te assustes!
O mundo é grande e pequeno e não pesa mais do que a mão de uma criança!
Não te rendas ao medo! NUNCA!
Não é sem medo que o leão garante o seu trono....
Mas, alerta!
Que seja sempre, humilde a sua valentia...
repara que há veludo nos ursos.
E você, felina, leoa, gaivota...hás ainda de compreender o reino animal que habita em ti. Porque o reino humano que vigora em nós, ainda é vago, confuso e ilusório, como a vida...
Guia-te por teus instintos..
Renda-se ao desconhecido, como o bebê que tenta sempre dar o primeiro passo.
Aprenda com o reino infantil. As crianças sabem como alimentar os sonhos.É instinto, é coragem, é um não-saber repleto do mais puro conhecimento.
Renda-se à você!
Submeta-se, como Pessoas, que cansado de ser triste, decide por fim, estar alegre!
Não se renda à ilusão que a existência humana exige: a felicidade limita-se à estar, ao instante.
O verbo ser implica constância, e este é um talento não permitido para ti, nem para mim, nem para muitos.
Renda-se ao acaso, ao instante, ao momento, ao inconstante...
Renda-se!
Sem pudores
nem temores
nem teores...
Siga a tempestade que inunda seu abrigo! Porque se você demorar muito, ela pode te causar uma inundação de sentimentos, e mesmo sem querer, você pode acabar por se afogar...
Escute teu pequeno príncipe...
Arranque os baobás assim que o perceberes com clareza; e saiba que o tempo é sempre justo!
E quando por fim, estiveres triste, mas triste de não ter mais jeito
Cante, grite, espante, dance!
Que seja pela maresia,
que seja pela lisergia,
que seja pela rebeldia.
que seja pela apostila de 15 folhas...
Declame, que este é seu recanto para se conseguir viver!
E viver...
Pode ser uma delícia!
Da vida da bailarina
Há de ver cheio de horror
Que no fundo do seu peito
Abriga um sonho desfeito
Ou a desgraça de um amor
Os que compram o desejo
Pagando amor a varejo
Vão falando sem saber
Que ela é forçada a enganar
Não vivendo pra dançar
Mas dançando pra viver"
(Américo Seixas, Dorival Silva)
Vida de Bailarina- Elis Regina
Dança, canta, declama, pequena grande!
Põe teu nariz de palhaço e enfrenta o mundo que nos faz de paiaços...Enfrenta! Que o mundo é grande e pequeno.
Pequeno para seus medos, grande para seus sonhos! E há de cabê-los no mundo.
No mundo cabe tanta coisa! Até eu e você, que achavámos que nunca caberíamos.
Nós, que achavámos tanta, tanta coisa vã....
Não se ocupe de pequenas coisas; pois teus propósitos são maiores, tua luz é mais forte e teu potencial ilimitado...
Vai, pequena grande, que o mundo anseia por te ouvir.
Há tantas trevas no mundo... E eu sei, sei que teus talentos podem devolver ouvidos, olhos e sentidos para nós.
Sei o quanto você sabe de mim, da vida, da nossa gente sofrida, da nossa gente querida.
Mas saberás tu, de ti?
Sabes o brilho que emana de tua alma?
Sabes o acalento que transcende tua voz?
Sabes a força que seguras no punho?
Sabes do mundo que carrega nos ombros?
Não te assustes!
O mundo é grande e pequeno e não pesa mais do que a mão de uma criança!
Não te rendas ao medo! NUNCA!
Não é sem medo que o leão garante o seu trono....
Mas, alerta!
Que seja sempre, humilde a sua valentia...
repara que há veludo nos ursos.
E você, felina, leoa, gaivota...hás ainda de compreender o reino animal que habita em ti. Porque o reino humano que vigora em nós, ainda é vago, confuso e ilusório, como a vida...
Guia-te por teus instintos..
Renda-se ao desconhecido, como o bebê que tenta sempre dar o primeiro passo.
Aprenda com o reino infantil. As crianças sabem como alimentar os sonhos.É instinto, é coragem, é um não-saber repleto do mais puro conhecimento.
Renda-se à você!
Submeta-se, como Pessoas, que cansado de ser triste, decide por fim, estar alegre!
Não se renda à ilusão que a existência humana exige: a felicidade limita-se à estar, ao instante.
O verbo ser implica constância, e este é um talento não permitido para ti, nem para mim, nem para muitos.
Renda-se ao acaso, ao instante, ao momento, ao inconstante...
Renda-se!
Sem pudores
nem temores
nem teores...
Siga a tempestade que inunda seu abrigo! Porque se você demorar muito, ela pode te causar uma inundação de sentimentos, e mesmo sem querer, você pode acabar por se afogar...
Escute teu pequeno príncipe...
Arranque os baobás assim que o perceberes com clareza; e saiba que o tempo é sempre justo!
E quando por fim, estiveres triste, mas triste de não ter mais jeito
Cante, grite, espante, dance!
Que seja pela maresia,
que seja pela lisergia,
que seja pela rebeldia.
que seja pela apostila de 15 folhas...
Declame, que este é seu recanto para se conseguir viver!
E viver...
Pode ser uma delícia!
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
O mundo é grande e pequeno;
O tempo, rápido e lento...
Na verdade, nada é o que parece ser...
A tristeza é doce e amarga;
A felicidade, repleta e vaga...
Na verdade, nada é o que parece ser...
O vazio é o nada e o tudo;
O caos é divino e absurdo...
Na verdade, nada é o que parece ser...
A mesmisse...
A caretisse...
O meu tédio, sem remédio;
O meu vício, sem juízo;
Na verdade...
Nada é o que parece ser!
O tempo, rápido e lento...
Na verdade, nada é o que parece ser...
A tristeza é doce e amarga;
A felicidade, repleta e vaga...
Na verdade, nada é o que parece ser...
O vazio é o nada e o tudo;
O caos é divino e absurdo...
Na verdade, nada é o que parece ser...
A mesmisse...
A caretisse...
O meu tédio, sem remédio;
O meu vício, sem juízo;
Na verdade...
Nada é o que parece ser!
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
multiplicidade
Essa mulher
(Joyce e Ana Terra)
Elis Regina
" De manhã cedo, essa senhora se conforma
Bota a mesa, tira o pó, lava a roupa, seca os olhos
Ah. como essa santa não se esquece de pedir pelas mulheres
Pelos filhos, pelo pão
Depois sorri, meio sem graça
E abraça aquele homem, aquele mundo
Que a faz, assim, feliz
De tardezinha, essa menina se namora
Se enfeita, se decora, sabe tudo, não faz mal
Ah, como essa coisa é tão bonita
Ser cantora, ser artista
Isso tudo é muito bom
E chora tanto de prazer e de agonia
De algum dia, qualquer dia
Entender de ser feliz
De madrugada, essa mulher faz tanto estrago
Tira a roupa, faz a cama, vira a mesa, seca o bar
Ah, como essa louca se esquece
Quanto os homens enlouquece
Nessa boca, nesse chão
Depois, parece que acha graça
E agradece ao destino aquilo tudo
Que a faz tão infeliz
Essa menina, essa mulher, essa senhora
Em que esbarro toda hora
No espelho casual
É feita de sombra e tanta luz
De tanta lama e tanta cruz
Que acha tudo natural."
Vamos lá Alice, que tá dificil de sair do país dos espelhos....
(Joyce e Ana Terra)
Elis Regina
" De manhã cedo, essa senhora se conforma
Bota a mesa, tira o pó, lava a roupa, seca os olhos
Ah. como essa santa não se esquece de pedir pelas mulheres
Pelos filhos, pelo pão
Depois sorri, meio sem graça
E abraça aquele homem, aquele mundo
Que a faz, assim, feliz
De tardezinha, essa menina se namora
Se enfeita, se decora, sabe tudo, não faz mal
Ah, como essa coisa é tão bonita
Ser cantora, ser artista
Isso tudo é muito bom
E chora tanto de prazer e de agonia
De algum dia, qualquer dia
Entender de ser feliz
De madrugada, essa mulher faz tanto estrago
Tira a roupa, faz a cama, vira a mesa, seca o bar
Ah, como essa louca se esquece
Quanto os homens enlouquece
Nessa boca, nesse chão
Depois, parece que acha graça
E agradece ao destino aquilo tudo
Que a faz tão infeliz
Essa menina, essa mulher, essa senhora
Em que esbarro toda hora
No espelho casual
É feita de sombra e tanta luz
De tanta lama e tanta cruz
Que acha tudo natural."
Vamos lá Alice, que tá dificil de sair do país dos espelhos....
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
instinto felino
é no escuro que a alma brilha mais...
Gato noturno
Soturno medo
arisco, mestiço,
arrisco!
Seu jogo felino de amor
Sua garra lasciva de dor
Seu punho cortado de dor
Seu medo transbordado em calor...
Gato noturno
Soturno medo
arisco, mestiço,
arrisco!
Seu jogo felino de amor
Sua garra lasciva de dor
Seu punho cortado de dor
Seu medo transbordado em calor...
Quereres
'Quisera eu construir uma ruína, sabendo mesmo que a ruína é desconstrução'
Quisera enão, desconstruir uma ruína, para ver se assim eu construo um coração...
Quisera eu abrigar o abandono, sabendo mesmo que o abandono é o desabrigo
Quisera então, desabrigar o abandono para ver se assim eu abrigo algo colorido...
Quisera eu me apegar ao amor, sabendo mesmo que o amor é desapego
Quisera então, desapegar-me do amor para ver se assim eu consigo amar direito...
Quisera eu silenciar minha loucura, sabendo mesmo que a loucura ta na grito
Quisera então poder berrar tudo que sinto para ver se assim eu me dou algum auxílio...
Quisera eu, por fim, organizar a minha vida, sabendo mesmo, de repente que a vida se organize na desorganização
Quisera então desorganizar minha rotina para ver se assim eu alcanço a sublimação...
Viva à Manoel de Barros!
Quisera enão, desconstruir uma ruína, para ver se assim eu construo um coração...
Quisera eu abrigar o abandono, sabendo mesmo que o abandono é o desabrigo
Quisera então, desabrigar o abandono para ver se assim eu abrigo algo colorido...
Quisera eu me apegar ao amor, sabendo mesmo que o amor é desapego
Quisera então, desapegar-me do amor para ver se assim eu consigo amar direito...
Quisera eu silenciar minha loucura, sabendo mesmo que a loucura ta na grito
Quisera então poder berrar tudo que sinto para ver se assim eu me dou algum auxílio...
Quisera eu, por fim, organizar a minha vida, sabendo mesmo, de repente que a vida se organize na desorganização
Quisera então desorganizar minha rotina para ver se assim eu alcanço a sublimação...
Viva à Manoel de Barros!
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
a ostra e o vento
Disse-me então: 'passaria o resto da minha vida com você, assim, desse jeito...'
Fiquei muda...como sempre...
não sei se meu pensamento corre ou se vivo mesmo é no vazio, o fato é: fiquei muda.
Queria mesmo é poder te dizer: esquece, eu nunca fui presa fácil...
Eu, na minha ilusória pretensão de ser o vento, não me amarro.
As raízes que eu conheço são apenas as que consigo plantar no meu quintal; porém, em minha alma, o terreno nunca foi fecundo para tais.
Eu vagueio. Você ainda não percebeu?
Do vento, nada se prende, apenas se apreende.
Espero pois, que ao menos, você tenha conseguido apreender a minha brisa, assim mesmo no incerto, tal como eu, incerta de quem sou, do quanto sou...
Não sei se sou alegre..
Não sei se sou triste...
No momento, mal sei se existo.
Ando ausente, eu sei, e acredite, tanto mais para mim.
Em algum fio da meada da vida eu me perdi...de mim, de ti, do mundo...
Mesmo tantos, todos os pronomes são eu, e meus...
Pode ser umbigo, egoísmo, egocentrismo...ou medo, por mais que eu não reconheça.
Acontece que antes de se construir a gente têm que se descobrir, e minha incontestável inconstância inconsciente costuma confundir-me...
No mais, não se preocupe comigo, na minha ladeira da preguiça eu vou mesmo é devagar.
'Alguém me avisou pra pisar nesse chão devargazinho';
é simples: pouco a pouco eu me abandonei para vagar mesmo, sem eira e nem beira,~caminhando contra o vento, sem lenço e sem documento, eu vou...
E de encontros, desencontros, reencontros a gente vai tentando enfim, completar esta imcompletude que nos atormenta, até conseguir dar à ela o doce saber de ser vida
Se deixe ao tempo, que eu...
vou carregar-me ao vento...
enquanto isso, passa a bola ,rapaz; que é muito bom pra ficar pensando melhor...
"Meu namorado erradio, sai de déu em déu a me buscar
Pai, olha que o tempo vira, pai
Me deixe carregar o vento..." (Chico Buarque)
Fiquei muda...como sempre...
não sei se meu pensamento corre ou se vivo mesmo é no vazio, o fato é: fiquei muda.
Queria mesmo é poder te dizer: esquece, eu nunca fui presa fácil...
Eu, na minha ilusória pretensão de ser o vento, não me amarro.
As raízes que eu conheço são apenas as que consigo plantar no meu quintal; porém, em minha alma, o terreno nunca foi fecundo para tais.
Eu vagueio. Você ainda não percebeu?
Do vento, nada se prende, apenas se apreende.
Espero pois, que ao menos, você tenha conseguido apreender a minha brisa, assim mesmo no incerto, tal como eu, incerta de quem sou, do quanto sou...
Não sei se sou alegre..
Não sei se sou triste...
No momento, mal sei se existo.
Ando ausente, eu sei, e acredite, tanto mais para mim.
Em algum fio da meada da vida eu me perdi...de mim, de ti, do mundo...
Mesmo tantos, todos os pronomes são eu, e meus...
Pode ser umbigo, egoísmo, egocentrismo...ou medo, por mais que eu não reconheça.
Acontece que antes de se construir a gente têm que se descobrir, e minha incontestável inconstância inconsciente costuma confundir-me...
No mais, não se preocupe comigo, na minha ladeira da preguiça eu vou mesmo é devagar.
'Alguém me avisou pra pisar nesse chão devargazinho';
é simples: pouco a pouco eu me abandonei para vagar mesmo, sem eira e nem beira,~caminhando contra o vento, sem lenço e sem documento, eu vou...
E de encontros, desencontros, reencontros a gente vai tentando enfim, completar esta imcompletude que nos atormenta, até conseguir dar à ela o doce saber de ser vida
Se deixe ao tempo, que eu...
vou carregar-me ao vento...
enquanto isso, passa a bola ,rapaz; que é muito bom pra ficar pensando melhor...
"Meu namorado erradio, sai de déu em déu a me buscar
Pai, olha que o tempo vira, pai
Me deixe carregar o vento..." (Chico Buarque)
domingo, 3 de janeiro de 2010
Faça, force, fuce!
Quando a cabeça tá um caos e as palavras embaralhadas, naufragando em alto mar, o jeito é pegar a voz emprestada daqueles que nos dão esperança (calma menina, não é só você que está jogada à roda viva); porque nem todos tem consciência para ter coragem e muitos não tem a força de saberem que existem...
"Faça, Fuce, Force
Raul Seixas
Faça, Fuce, Force
Mas!
Não fique na fossa
Faça, Fuce, Force
Mas!
Não chore na porta...
Faça, Fuce, Force
Vá!
Derrube essa porta
Trace, Fuce, Force
Vá!
Que essa chave é torta...
-"Os meus fantasmas
São incríveis
Fantásticos, extraordinários
Se fantasiam de Al Capone
Nas noites que tenho medo
De gangsters
Abusam de minha
Tendência mística
Sempre que possível
Os meus fantasmas tornaram
Minha solidão em vício
E minha solução
Em Status Quo
Ai! Meu Deus do Céu!"
Faça, Fuce, Force
Mas!
Não fique na fossa
Faça, Fuce, Force
Mas!
Não chore na porta
Faça, Fuce, Force
Vá!
Derrube essa porta
Trace, Fuce, Force
Vá!
Que essa chave é torta...
-"Feliz por saber
Que só sei, que não sei
Q quem sabe não fala, não diz
Vida, alguma coisa acontece
Morte, alguma coisa
Pode acontecer
Que o mel é doce
É coisa que eu
Me nego afirmar
Mas que parece doce
Isso eu afirmo plenamente"
Faça, Fuce, Force
Mas!
Não fique na fossa
Faça, Fuce, Force
Mas!
Não chore na porta
Faça, Fuce, Force
Vá!
Derrube esta porta
Trace, Fuce, Force
Vá!
Que essa chave é torta..."
Mesmo torta, pra fechar com chave de ouro, Drummond:
mas há que tentar o diálogo, quando a solidão é vicío....
"Faça, Fuce, Force
Raul Seixas
Faça, Fuce, Force
Mas!
Não fique na fossa
Faça, Fuce, Force
Mas!
Não chore na porta...
Faça, Fuce, Force
Vá!
Derrube essa porta
Trace, Fuce, Force
Vá!
Que essa chave é torta...
-"Os meus fantasmas
São incríveis
Fantásticos, extraordinários
Se fantasiam de Al Capone
Nas noites que tenho medo
De gangsters
Abusam de minha
Tendência mística
Sempre que possível
Os meus fantasmas tornaram
Minha solidão em vício
E minha solução
Em Status Quo
Ai! Meu Deus do Céu!"
Faça, Fuce, Force
Mas!
Não fique na fossa
Faça, Fuce, Force
Mas!
Não chore na porta
Faça, Fuce, Force
Vá!
Derrube essa porta
Trace, Fuce, Force
Vá!
Que essa chave é torta...
-"Feliz por saber
Que só sei, que não sei
Q quem sabe não fala, não diz
Vida, alguma coisa acontece
Morte, alguma coisa
Pode acontecer
Que o mel é doce
É coisa que eu
Me nego afirmar
Mas que parece doce
Isso eu afirmo plenamente"
Faça, Fuce, Force
Mas!
Não fique na fossa
Faça, Fuce, Force
Mas!
Não chore na porta
Faça, Fuce, Force
Vá!
Derrube esta porta
Trace, Fuce, Force
Vá!
Que essa chave é torta..."
Mesmo torta, pra fechar com chave de ouro, Drummond:
mas há que tentar o diálogo, quando a solidão é vicío....
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