Cai a vida pelo céu,
escorre pelo chão...
E tudo, ainda assim, é vão.
Da tempestade, respinga em mim seus fragmentos; isso comprova, mesmo que eu não queira, que estou viva.
De certa forma, obrigo-me à escrever. Obrigo-me à processar tudo o que se passa aqui dentro.
Cansei-me das palavras e dos discursos quando dei por mim que estes não me são suficiente para elucidar o que desejo,
ou talvez seja esse meu lado esquerdo que não está elaborado.
O fato é: cansei!
Na vida, a única certeza são os elos,os laços, os vínculos.
Não se vive feliz sozinho, por mais que se queira, ou por mais que se engane que queira...
As palavras, em si, não fazem sentido, mas vivemos nesta busca desenfreada por
SENTIDO
sem ter ido
sentir o vivo
sobrevivo,sem sentido mesmo,
muitas vezes nem sentindo...
Cansei também de lamentar minhas angústias, parece-me que meu disco riscou e engasgou.
Não sei se meu silêncio se instalou por algum fato da vida, ou se já veio intrínseco à mim
Não quero a beleza da prosa,
quero apenas por pra fora essas muitas coisas que vivem a me cutucar...
Recorro às minhas lembranças, mas estão todas tão apagadas, tão embaralhadas, tão encobertas pelo véu do medo ou da negligência ou da preguiça mesmo, que não identifico em que ponto de minha trajetória fiquei assim: INTRAGÁVEL!
Só me resta acender mais um cigarro e parar de pensar besteiras...
domingo, 14 de fevereiro de 2010
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