terça-feira, 29 de dezembro de 2009

sem tato

" Eu estou muito cansada do peso da minha cabeça e abandonada por falta de gosto!
Bicho gente, bicho homem, EU QUERO É QUE SE DANE!"

Vontade mesmo é de mandar essa tal de pose pra puta que pariu e sair matando cachorros a grito na falta de possibilidade de poder matar outras coisas...

Ao final...terá aqueles imbecis que dirão que eu sou dada mesmo à chiliques e piripaques...
À estes só posso sugerir uma única coisa: experimente enfiar uma mesma agulha, primeiro na sola do pé e depois embaixo da unha....
Não é o tamanho da farpa que define a intensidade da dor, e sim o local onde ela foi cravada...

no meu caso...cravaram milhares em minha pobre cabeça ingênua...

Sabe Alice, se eu vivesse nesse mundo só MEU ( e talvez um pouco teu), iria enfrentar contigo a rainha de copas...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Só espero que um dia meu silêncio fale mais do que consigo....

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

novos ares

Eu quero me soltar...
quero elucidar sem medo
Eu quero me jogar...
quero berrar, amar, voar
Quero me libertar..
dessas amarras que me enlaçam
Eu quero renascer...
tanto quanto um dia que precisa amanhecer
Não é possível que minha cabeça ande por si só, e é claro que ninguém se importa com minha aflição'
Quero me permitir...
descobrir as cores que existem por ai
Colocar um pouco os pés no chão e viver o que cada dia tem para me oferecer
Eu quero me domar...
acariciar a fera solta em mim
Eu quero é mais sentir...
o gosto de viver na certeza de um final feliz
Quero em permitir!
Há cá dentro de mim muitos murmúrios que pedem,suplicam imploram: por favor, me faça voz, letra, música, me faça vida!
Por favor, por desprezo, por amor....

Meu coração erradio

E se de tudo fica um pouco?
Um pouco de tua lembrança na janela de teu passado...
Um pouco da minha dor ao atravessar o seu passado...
Um pouco de tua rebeldia nas carícias...
Um pouco de amor em tuas palavras duras...
Vai! Que o tempo corre!
E a estrada talvez seja longa, árdua e gratificante...
Então vai!
Se deixe carregar ao vento...
Porque o tempo vai virar...
Se deixe carregar ao vento!
E me deixe então, apenas, às doces lembranças...
Dos mimos, do carinho, de tua rebeldia, de teu cavalheirismo, de tua complacência,desse entendimento que transcende...
A lembrança do pequeno menino que vive aí dentro e do grande homem que já se transfigura...
Vai!
Que eu também vou me carregar ao vento e ao tempo!
Vai, sereno, vai!
Lembrando do meu perfume...
Vai que o tempo vai virar, meu bem!


ps: se estivesse afinado, não seria sobre nós dois!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Alice no país das ilusões

Sonho... Visão de outro mundo...meu mundo!
Oras, por favor!
Sim?
Não! O mundo não começou com o sim, o não é mais provável. O que NÃO acontece.
Todos sonham, todos são um sonho...
E, no entanto, para quê servem?
Difícil é entender –efetivamente- que não existe o sim, nem o não. Tudo e todo o resto é pretensão. Pretensão do ser, pretensão de ser.Não há pois definições. E- graças- nem tampouco limitações.
Mas um dia sonhei que estava viva
‘ E quem têm a força de saber que existe?’
Eu sonho é com a realidade! De realizar, deixar realizado.
Impossível!
Não! Minto...
O sonho não é impossível, nunca; impossível é sua realização.
Outra vez a realidade!
Aliiice!!!! ACORDAAA!
Alice ou Rosa Maria? Não importa...esta, aquela,aquilo... é a mesma coisa.
Acorda!
Coitada... Caiu!
Caiu e foi parar no País das Maravilhas.
Bom para ela! E há ainda aqueles que acreditam que cair significa ir para baixo....
Todavia, toda a via, todas as vias...
Nenhuma via!
Se o sonho não é real...então o que é?
‘O que é o quê?
O que é que não pode ser?
O quê?
Pode ser...
É!’
Mas se o sonho não é real, então é...
Sonho?!
Mas se um dia eu nasci....Sim, eu nasci! E isto é o que conta. Sem falar nos sonhos, porque estes ao menos não afetam ninguém, a não ser seu sonhador.
A que horas?
HoraS? Não importa...o relógio é o que te atrasa enquanto você acredita que ele te orienta.
Despertador!
Acordo!
De quê? De um sonho?
Acordo!
Para onde? Realidade?
NÃÃÃO....
...
Tanto faz!
Nada faz!
Ninguém faz!

Ao Fim...é só um sonho!

no céu e na cartola

Minha beleza não é vazia, não é efêmera, não é vadia.
Minha beleza é poesia!
Está no conteúdo, no que digo, no que penso, no que faço.
Minha beleza não se vê, se sente.
Minha beleza não é efêmera!
Não é esculpida, é construída por meus tatos, meus regaços, meus livros e meus passos...
Minha beleza não se vê, se apreende!
Minha natureza é um tanto estranha, um tanto revolta, um tanto acanha...
Minha natureza se vê no que faço, nos meus atos, meus retratos.
Mas não me façam retratos!
Eles só capturam instantes e como sou inconstante, a fluidez pode assustar!
Por vezes, mal me reconheço!
Me olho, tateio, passo no espelho e mal me reconheço.
De onde foi que me conheci?
E por onde foi que me perdi?
De onde que apareci, assim, tal como sou, no instante...
Dou-me bom dia, boa tarde, boa noite para despertar a cordialidade; na verdade, mal me reconheço.
Quando sei que me sou, logo me despeço.
Quanto acho que me conheci, percebo -logo- que já havia me perdido. E eu fico assim...pulando de galho em galho.
Quanto mais me sei, mais difícil de entender- me considero.
Não sei especificar se meu pensamento é que corre ao ponto de tudo escapar de minhas mãos; ou se é tudo tão lento que não percebo suas minucialidades ocorrendo.
E tão difícil de me achar me considero...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

um sol na meia-noite

O que conta é a delicadeza dos traços, tal como a delicadeza da personalidade expressa em cada linha, em cada sombra, em cada brilho.
Capturar a essência do físico junto ao abstrato.
Respeitar também a individualidade de cada rosto...
Todo mundo busca se conhecer.
Nenhum rosto é simétrico tal como ninguém o é! A simetria não existe! Nem mesmo a dualidade. O que muitas vezes vê-se como duo é o substrato de inúmeras variáveis disposta na fôrma.
Enganar-se, conformar-se com o lobo humano é aceitar o sofrimento e a inércia. Vivenciar o múltiplo da maneira que convir exige coragem, persistência e tempo; que caminha por si só, reto e declínio e fugaz!
'O tempo...
Que fazer dele? Como adivinhar o que cada hora traz em si de plenitude e sacrifício?' Há ainda de fazer dele seu aliado. Ser a areia da ampulheta! E respeitá-lo. Pois como tudo, há o tempo da colheita e o tempo da espera, só desejo que este não lhe seja de ansiedade ou desespero; que seja pois de uma paz gritante ou de calma revolta, mas que neste haja sempre a síntese com a sua antítese.
Por que o mundo é assim mesmo!
A Natureza vive pelo caos e é por este que no fim das contas ansiamos, porque a plenitude leva a ao nada e o nada só pode ser a morte!
E ninguém quer morrer! A vida, é sempre, sempre desejada, por mais que esteja errada.
'Ao final, eu fico é com a pureza das respostas das crianças...é a vida, e é BONITA!'
Mesmo quando escolhemos nossa ladeira da preguiça ou nosso caminho de pedras...
É bonita sim, e isso não tem como negar!
Que não haja pois, rendição!
Que tua luz brilhe cada vez mais forte!
Que teus pés te conduzam pelos mais belos trilhos!
Que tuas mãos se estendam sem que seus olhos vejam a direção, porque somos irmãos em tudo! Mesmo quando o que está ao te lado te agride em sua individualidade.
Pare de sofrer!
A vida é aquilo que se faz! Se você vira as costas para o mundo este não poderá ver a luz que emana de teus olhos! E seus olhos é por onde a sua alma transgride! E sua alma, caso não seja vista ou sentida ou ouvida irá gritar para dentro; e seu grito pode fazer com que você fique surda, cega e muda para as coisas bobas e tão cheias de significados que a vida oferece.
A vida é o que se faz! E o que se faz é o que se leva! Nada mais. Ficam as lembranças jogadas ao léu de quem as conheceu, e a mente costuma confundir-nos! Assim como essas linhas maus traçadas deste vômito.
Ao fim, o que resta mesmo é a confusão do saber demais sem saber de nada!
Que tua confusão então, um dia te organize de tal maneira que o instável não lhe cause medo!
Porque estamos todos jogados à uma grande roda vida, e se roda e se está viva, então não existe o fim.
Vá amar!
Vá sofrer!
Vá chorar!
Vá viver, meu bem!