Minha beleza não é vazia, não é efêmera, não é vadia.
Minha beleza é poesia!
Está no conteúdo, no que digo, no que penso, no que faço.
Minha beleza não se vê, se sente.
Minha beleza não é efêmera!
Não é esculpida, é construída por meus tatos, meus regaços, meus livros e meus passos...
Minha beleza não se vê, se apreende!
Minha natureza é um tanto estranha, um tanto revolta, um tanto acanha...
Minha natureza se vê no que faço, nos meus atos, meus retratos.
Mas não me façam retratos!
Eles só capturam instantes e como sou inconstante, a fluidez pode assustar!
Por vezes, mal me reconheço!
Me olho, tateio, passo no espelho e mal me reconheço.
De onde foi que me conheci?
E por onde foi que me perdi?
De onde que apareci, assim, tal como sou, no instante...
Dou-me bom dia, boa tarde, boa noite para despertar a cordialidade; na verdade, mal me reconheço.
Quando sei que me sou, logo me despeço.
Quanto acho que me conheci, percebo -logo- que já havia me perdido. E eu fico assim...pulando de galho em galho.
Quanto mais me sei, mais difícil de entender- me considero.
Não sei especificar se meu pensamento é que corre ao ponto de tudo escapar de minhas mãos; ou se é tudo tão lento que não percebo suas minucialidades ocorrendo.
E tão difícil de me achar me considero...
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
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