O que conta é a delicadeza dos traços, tal como a delicadeza da personalidade expressa em cada linha, em cada sombra, em cada brilho.
Capturar a essência do físico junto ao abstrato.
Respeitar também a individualidade de cada rosto...
Todo mundo busca se conhecer.
Nenhum rosto é simétrico tal como ninguém o é! A simetria não existe! Nem mesmo a dualidade. O que muitas vezes vê-se como duo é o substrato de inúmeras variáveis disposta na fôrma.
Enganar-se, conformar-se com o lobo humano é aceitar o sofrimento e a inércia. Vivenciar o múltiplo da maneira que convir exige coragem, persistência e tempo; que caminha por si só, reto e declínio e fugaz!
'O tempo...
Que fazer dele? Como adivinhar o que cada hora traz em si de plenitude e sacrifício?' Há ainda de fazer dele seu aliado. Ser a areia da ampulheta! E respeitá-lo. Pois como tudo, há o tempo da colheita e o tempo da espera, só desejo que este não lhe seja de ansiedade ou desespero; que seja pois de uma paz gritante ou de calma revolta, mas que neste haja sempre a síntese com a sua antítese.
Por que o mundo é assim mesmo!
A Natureza vive pelo caos e é por este que no fim das contas ansiamos, porque a plenitude leva a ao nada e o nada só pode ser a morte!
E ninguém quer morrer! A vida, é sempre, sempre desejada, por mais que esteja errada.
'Ao final, eu fico é com a pureza das respostas das crianças...é a vida, e é BONITA!'
Mesmo quando escolhemos nossa ladeira da preguiça ou nosso caminho de pedras...
É bonita sim, e isso não tem como negar!
Que não haja pois, rendição!
Que tua luz brilhe cada vez mais forte!
Que teus pés te conduzam pelos mais belos trilhos!
Que tuas mãos se estendam sem que seus olhos vejam a direção, porque somos irmãos em tudo! Mesmo quando o que está ao te lado te agride em sua individualidade.
Pare de sofrer!
A vida é aquilo que se faz! Se você vira as costas para o mundo este não poderá ver a luz que emana de teus olhos! E seus olhos é por onde a sua alma transgride! E sua alma, caso não seja vista ou sentida ou ouvida irá gritar para dentro; e seu grito pode fazer com que você fique surda, cega e muda para as coisas bobas e tão cheias de significados que a vida oferece.
A vida é o que se faz! E o que se faz é o que se leva! Nada mais. Ficam as lembranças jogadas ao léu de quem as conheceu, e a mente costuma confundir-nos! Assim como essas linhas maus traçadas deste vômito.
Ao fim, o que resta mesmo é a confusão do saber demais sem saber de nada!
Que tua confusão então, um dia te organize de tal maneira que o instável não lhe cause medo!
Porque estamos todos jogados à uma grande roda vida, e se roda e se está viva, então não existe o fim.
Vá amar!
Vá sofrer!
Vá chorar!
Vá viver, meu bem!
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
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