Parecerá sempre com uma grande aventura pois essa é a imagem que eu quero criar na imaginação de quem escuta minhas histórias. Eu sempre pareço mais bonita na imagem criada pela audiência. E, acredite, é tão fácil distorcer discretamente tudo e fazer do medo, a coragem. Da confusão, a certeza. Da solidão, a liberdade. Do outro lado da rua, o Mundo.
Ponho o pé na estrada para saciar a minha sede infinita de culturas e paisagens. Atiro-me feliz, depois visto a armadura do relato. Farto-me de novos e velhos ares e seleciono cuidadosamente as sensações. Aí, eu conto. Conto porque contar é uma forma de reviver e enxergar sob novos ângulos a experiência.
Conto também – como negar?- porque contar é uma forma de ter meu ego eventualmente acariciado. Embora perigoso, a vaidade é um combustível eficiente para nos fazer seguir adiante. Conto para, desavergonhadamente, valer-me do seu poder de propulsão.
E assim, vou curando minha estagnação com outros fusos; esses remediozinhos caros, mas de gosto muito bom.
(Ana Paula Mangeon)
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
paavras de outros
Há dias em que eu sou o vento. Noutros vela e o timão. Há dias em que sou os três; nesses, eu sempre entendo o propósito das âncoras
Nem toda fuga é garantia de libertação.
(Ana Paula Mangeon)
Nem toda fuga é garantia de libertação.
(Ana Paula Mangeon)
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